15.10.09

Segundo dia de shows, sábado – 09/10: A festa rock ´n roll do Festival Contato

"Sempre colocamos uma noite mais rock no Contato porque sabemos que contempla em cheio o principal público do festival" – Ricardo Rodrigues.

Com início as 15:30h, a local Aeromoças e Tenistas Russas inaugurou o palco principal do festival, instalado na praça Coronel Sales, bem no centro de São Carlos. Um dos elementos da música da Aeromoças é o rock, mas o quarteto vai muito além: guitarras viajantes, saxofone, órgão num estilo vintage, com influências de jazz, a maioria das faixas são instrumentais, feitas no estilo jams.

Logo em seguida, outra local: Stranhos Azuis fez um show bem rápido, mas marcante, com forte presença de palco e composições calcadas no hard rock e blues. Do Ceará, o Fóssil proporcionou o primeiro grande contato musical do dia, com intensas guitarradas e experimentações ao vivo. Quase sem querer, Fóssil esteve em total sincronia com o festival, muitas ambientações e paisagens sonoras, ajudaram a colorir ainda mais os arredores da praça Coronel Sales, em total comunicação com projeções que tingiram de cores e desenhos os prédios vizinhos ao por do sol da cidade do clima.




Foi a deixa para o Projeto Nave entrar, quando noite começava a pintar. Do ABC Paulista os cinco integrantes da Nave mostraram a fusão única da música que inventaram: música eletrônica, elementos do jazz, dub, rock, com direito a escaleta, trompete e cantado em português, formando um interessante mosaico de texturas rítmicas, por vezes ácidas.

A praça já quase repleta ficou tomada quando Flávio Basso, o Júpiter Maçã, surgiu acompanhado de Astronauta Pinguim, Laura Wroma e Clegue França, formando o recente projeto do artista gaúcho, “The Apple Sounds”. Sentado, guitarra no colo, um bumbo de bateria à frente, Júpiter tocou canções folk, com tons de psicodelia, que se misturaram a releituras de clássicos do músico, como a saideira “Lugar do caralho”, entoada em coro.

Cerca de meia hora depois, a Cachorro Grande finalizou a noite, centrada no disco novo Cinema. Tudo seguia normal até acontecer uma queda de energia, deixando no ar apenas a bateria de Gabriel Azambuja. Menos de cinco minutos depois o vocalista Beto Bruno amenizou, “no último shows dos Stones aconteceu a mesma coisa e demorou muito mais pra voltar”. O quinteto então mudou a linha e começou a tocar clássicos como “Pedro Balão”, “Bom Brasileiro” (improvisada com "Could Turkey" de John Lennon), além de várias músicas do primeiro álbum, como "Lily", "Dia Perfeito", cantada por Marcelo Gross e "Vai ter que dá" e “Lunático”.

A noite, contudo, ainda seria longa, três baladas integradas por um ingresso simbólico e variadas opções, para agradar a todos. Quem quis continuar no clima rock n´roll seguiu para o Armazém bar, onde The Almighty DevilDogs (SP) fez uma apresentação raivosa de punk-surf-rock e Fabulous Banditis (PR), uma espécie de country rock raiz, meio “Schatman Jonh”, arrancou poeira do salão. Nas duas outras casas noturnas, Galeria Bar e Estação 2919, rolou a presença de vários DJs tocando dub, soul, funk e brasilidades para além das seis da manhã.
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Fotos: Massa Coletiva

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