16.11.09

Diários de Bordo #2: Sobrevoando o Jambolada

À convite do Over Música Enzo Banzo, músico da banda mineira Porcas Borboletas, escreveu  recortes e impressões sobre o Festival Jambolada 2009, que aconteceu em Uberlândia, entre os dias 21 a 25 de outubro. Acompanhe.


Por Enzo Banzo , Porcas Borboletas

Maria Alcina emocionada em cima do palco sob a poeira: "Minha carreira começou em 1972, mas esse é o show mais emocionante da minha vida!" Era o encerramento do Festival Jambolada, em Uberlândia, na praça, público extasiado. Êxtase. Resumo de tudo aquela hora. Razão de estar no mundo. Ali concentrados num mesmo instante-lugar todos os shows eventos papos olhares risos delírios que tomaram Uberlândia em cinco dias de vôo do jambolão psicodélico.

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Questão de olhar. A gente, Porcas Borboletas, tocou na noite anterior à Maria Alcina, última banda no palco do principal antes do Sepultura. Público nosso que tava ali pra ver a gente parecia estar há umas 10 filas de pessoas atrás, pulando de lá, jogando energia de lá. Na nossa frente multidão de metaleiros batia na barricada gritava: "Sepultura! Sepultura!" Legal ver a cara deles enquanto tocávamos. Da expressão desconfiada à cara de estou curtindo estou gostando estou gozando. Em Uberlândia é assim. Punks curtem Pena Branca & Xavantinho. Capoeiristas batem cabeça. Sobrevôo do jambolão psicodélico.

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Uma das delícias do Jambolada pra nós, os da casa, é receber os amigos. Desse vez aqui estavam a Simone Sou, nossa mãe-madrinha entidade, o Alfredo Bello DJ Tudo que é quase nós mesmos, o Tatá Aeroplano e sua expressão de como é boa a vida e a música, o Xico Sá encarnação de Dionísio, Jovem e Felipe de Marte em intervenção radiofônica a cada banda, e no meio deles os nossos amigos daqui, os coloridos daqui, a tia do docinho, confusão, todos os lugares do mundo são agora, todos os tempos aqui.

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Poeira subiu, poeira não baixou nem vai baixar. Que venha, que seja, que voe!

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